domingo, 31 de agosto de 2008

Concurso de Poesia 2008 "Ora vejamos"



Leíria - 23/08/2008

O meu agradecimento a todos os que tiveram presentes no almoço convívio onde foram entregues os prémios do Concurso de Poesia 2008 do "Ora vejamos".
Apaixonadas pela escrita reuniram-se serenamente, para mostrar que neste país com ou sem apoios, ainda existem pessoas com espírito altruísta (caso de Henrique Sousa e seus pares), que derrubam dificuldades, divulgam "Poetas", "Escritores" e outros que gostam de escrever, aos quais as editoras votadas a uma prespectiva meramente lucrativa, nem sequer ousam dar um minuto de atenção.

As palavras continuarão a ser a liberdade de um tempo estrangulado,
o grito audível dos que querem escrever com o coração.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Livro "Poemas Sem Fronteiras"




Olá a todos, já está à venda na net (http://www.lulu.com/content/3113719) o livro relativo ao Concurso de Poesia 2008 do site "Ora Vejamos", no qual participei.

Comprem e ajudem a divulgar a poesia que nasce fora dos circuitos editoriais habituais.

sábado, 16 de agosto de 2008

Eu sou assim


Já existi sem saber,
longe de mim.

Alberto Pereira

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Sobre um poema



Um poema cresce inseguramente
na confusão da carne,
sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.

Fora existe o mundo.
Fora, a esplêndida violência
ou os bagos de uva de onde nascem
as raízes minúsculas do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
os rios, a grande paz exterior das coisas,
as folhas dormindo o silêncio,
as sementes à beira do vento,
— a hora teatral da posse.
E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.

E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável, único,invade as órbitas,
a face amorfa das paredes, a miséria dos minutos,
a força sustida das coisas,a redonda
e livre harmonia do mundo.

- Embaixo o instrumento perplexo
ignora a espinha do mistério.

- E o poema faz-se contra o tempo e a carne.


Herberto Helder