segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O HOMEM CAÍDO



Alugam-se quartos na memória.
Os neurónios mobilados
com pensamentos carnívoros,
babam máscaras
na castração mental.
Rangem aflições
no metropolitano cardíaco,
chegam carruagens ácidas
ao apeadeiro corporal.
Nas veias descem cicatrizes
decotadas de madrugada
e os homens caídos
rendilham o sangue sulcados na desolação.

Alberto Pereira

Poema do livro "O áspero hálito do amanhã"

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