sexta-feira, 12 de novembro de 2010

DELÍRIOS DE UM MERGULHO AFOGADO



É incrível como nos tornamos egoístas. Como o que foi tudo, passa a ser nada, ou muito pouco. Como a atenção que damos às pessoas, mesmo que doentes, é um picar de ponto de quando em vez. Como o que foi amor, passa com a rapidez de um jogo qualquer. Como as palavras que se disseram e as lágrimas que aconteceram, parecem não encaixar em nós. Assusta-me este mergulho afogado, em que aquilo em que acreditei já não sabe nadar. Foram apenas delírios de uma mente pródiga em fantasia.
Houve um tempo em que tudo era extraordinário, mas o que ainda hoje pago por essa ilusão, tem o peso de muitas lâminas.

Alberto Pereira

1 comentário:

Anónimo disse...

As palavras brotam simplesmente ... e o Alberto continua a mostrar-nos toda a sua extraordinaria arte de poeta e escritor ! Muitos Parabens meu amigo. um abraço. L.M.